Escolas cívico-militares: saiba o que pode mudar com lei que regulamenta modelo no RS

  • 12/04/2024
(Foto: Reprodução)
Projeto ainda precisa ser analisado pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Segundo autores, norma visa dar segurança júridica à modelo já existente no estado. Críticos apontam que texto contraria legislação nacional. Estudantes em escola cívico-militar da rede estadual em Alvorada (RS) Escola Cívico-Militar Carlos Drummond de Andrade/Divulgação A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, na terça-feira (9), o projeto que institui o Programa das Escolas Cívico-Militares nas escolas públicas. A medida pode ser sancionada ou vetada pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Segundo os autores do projeto, a medida visa regulamentar a atuação das escolas que já adotam e de outras que possam aderir ao modelo cívico-militar. Parlamentares críticos afirmam que a proposta contraria a legislação nacional sobre o tema. O modelo foi mantido por Leite, em 2023, mesmo após o governo federal anunciar o encerramento do programa na esfera nacional. O Rio Grande do Sul tem 69 escolas cívico-militares, segundo a Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Desse total, 46 instituições municipais participam de um programa estadual. As outras 23 (13 estaduais e 10 municipais) participaram do Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim), encerrado pelo governo federal. Nesta reportagem, você confere: Qual a situação atual O que diz o projeto Quais escolas poderão aderir ao modelo Quem poderá atuar em escolas cívico-militares O que dizem os apoiadores do projeto O que dizem os críticos do projeto Sala de aula vazia em uma escola no RS Reprodução/RBS TV 1. Qual a situação atual O estado possui um modelo próprio de escolas cívico-militares, ao qual estão vinculadas 46 escolas. A adesão ao modelo se dá por meio de consulta pública junto à comunidade escolar. Essas instituições utilizam policiais militares da reserva como monitores. Já as escolas estaduais que participaram do Pecim estavam "em diferentes fases de implementação", segundo a Seduc, que não detalhou a situação atual das instituições. Em 2022, antes do governo federal encerrar o programa, a Justiça impediu a adesão de escolas do RS ao Pecim, porque o modelo não obedeceria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). As escolas cívico-militares são diferentes dos colégios militares, onde as forças têm autonomia para montar a estrutura pedagógica das instituições. No RS, a Brigada Militar (BM) administra unidades do Colégio Tiradentes em Porto Alegre, Santo Ângelo, Ijuí, Santa Maria, São Gabriel, Passo Fundo, Caxias do Sul e Pelotas. A instituição é regida pela lei de ensino da Brigada Militar e atende alunos do ensino médio. O Exército mantém colégios militares em Porto Alegre e Santa Maria. Modelo cívico-militar é implantado em primeira escola no RS em Caxias do Sul Voltar ao início 2. O que diz o projeto Segundo o texto, o projeto "tem a finalidade de promover a melhoria da qualidade da educação ofertada no Ensino Fundamental e no Ensino Médio". As escolas que aderirem ao modelo não poderão fazer qualquer tipo de teste seletivo de alunos. O estado também poderá firmar parcerias com as prefeituras "visando à implantação de escolas cívico-militares na rede pública de ensino municipal". Sede da Secretaria da Educação em Porto Alegre Seduc/Divulgação Voltar ao início 3. Quais escolas poderão aderir ao modelo Se o projeto for sancionado, qualquer escola pública, seja estadual ou municipal, pode manifestar interesse em aderir ao modelo cívico-militar. A seleção das instituições pelo governo deve obedecer os seguintes critérios: atendimento de estudantes em vulnerabilidade social baixos índices de fluxo ou rendimento escolar aprovação da comunidade por meio de consulta pública. O programa será avaliado continuamente, por meio de metas e metodologias definidas pela Seduc. Voltar ao início 4. Quem poderá atuar em escolas cívico-militares Se o projeto for sancionado, as secretarias da Educação e da Segurança Pública (SSP) serão responsáveis pelo processo seletivo dos militares na reserva (aposentados) que atuariam nas escolas cívico-militares. Os militares que atuarem nas escolas cívico-militares não serão considerados como profissionais da educação básica. A Seduc disponibilizará o corpo docente e os demais profissionais necessários. Já a SSP fará a seleção dos monitores cívico-militares. Viatura da Brigada Militar, a polícia militar do RS BM/Divulgação Voltar ao início 5. O que dizem os apoiadores do projeto Um dos autores do projeto, o deputado Delegado Zucco (Republicanos) afirma que "faltava a legislação estadual para dar segurança jurídica às escolas que já haviam aderido ao modelo" e que, com a sanção da lei, novas escolas poderão aderir ao projeto. O parlamentar ainda diz que o modelo "garante o ensino de valores fundamentais para as crianças". O texto recebeu o apoio de 30 deputados, enquanto 14 votaram contra e 11 não votaram. Manifestantes favoráveis ao modelo de escola cívico-militar na Assembleia do RS em Porto Alegre Fernando Gomes/Agência ALRS Voltar ao início 6. O que dizem os críticos do projeto A presidente da Comissão de Educação da Assembleia, deputada Sofia Cavedon (PT), afirma que o projeto contraria a legislação nacional e decisões da Justiça. A parlamentar ainda ressalta que apenas professores habilitados podem exercer a docência. "Não há previsão de outros profissionais na educação brasileira para a escola", diz. O CPERS Sindicato, que representa professores e funcionários da rede pública estadual, classifica o modelo cívico-militar como "político, ideológico, antidemocrático e censurador". Manifestantes contrários ao modelo de escola cívico-militar na Assembleia do RS em Porto Alegre Fernando Gomes/Agência ALRS Voltar ao início VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/04/12/escolas-civico-militares-rs.ghtml


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