Suspeito de matar réu por racismo investigado por atos nazistas no RS relatou ter sido ameaçado pela vítima, diz delegado
15/10/2024
(Foto: Reprodução) Aristides Mathias Flach Braga, de 28 anos, foi morto a golpes de canivete. Suspeito disse à polícia ter sido ameaçado e agredido pela vítima. Ele está preso preventivamente. Polícia considera possibilidade de legítima defesa. Homem morto em Porto Alegre era réu por crimes de racismo
O homem preso preventivamente por suspeita de matar a golpes de canivete Aristides Braga, de 28 anos, relatou à Polícia Civil que conhecia a vítima e que já havia sido ameaçado por ela anteriormente. A briga entre eles ocorreu entre a noite de domingo (13) e a madrugada desta segunda-feira (14), no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre.
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Aristides Braga era réu por racismo e também suspeito de integrar um grupo neonazista. Segundo o delegado Eric Dutra, o preso relatou à polícia que foi agredido por Aristides e por um outro homem com um porrete. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de legítima defesa.
"Enquanto estava sendo agredido, o Aristides o chamou de 'judeuzinho'. Então, juntando todas essas informações, agora no inquérito a gente está analisando a possibilidade do preso ter agido em legítima defesa nessa ocasião. Fecha um pouco com a informação de que ele vinha sendo ameaçado devido a esse preconceito", afirma o delegado.
O segundo homem indicado pelo suspeito ficou ferido e está internado em estado gravíssimo no Hospital de Pronto Socorro (HPS), na capital.
Conforme explica o delegado, o caso segue em investigação e, caso a hipótese de legítima defesa seja confirmada, o suspeito não será indiciado. "A gente remete à Justiça, o MP pode concordar ou não", diz Dutra.
Réu por comparar pessoas negras a macacos
Em 2022, Aristides se tornou réu por comparar pessoas negras a macacos. O homem também era suspeito de integrar um grupo neonazista e investigado por ameaças de teor racista contra o ator Douglas Silva, ex-participante do BBB (veja vídeo ao fim da reportagem).
Na ocasião, a defesa de Aristides afirmou que ele não havia praticado nenhum ato ilícito. Os advogados sustentavam que equipamentos pessoais e contas nas redes sociais do homem haviam sido hackeados.
Aristides Braga exibe banana em live transmitida na internet
Reprodução
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